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O projeto

O Projeto Alquimista da Caatinga é uma iniciativa dedicada ao fomento do desenvolvimento sustentável dos territórios em que trabalhamos dando maior atenção a parcerias com a agricultura familiar, as quais são auxiliadas no desenvolvimento econômico e tecnológico para que haja valorização dos produtos criados e desenvolvidos com enraizamento na cultura popular brasileira, buscando enfatizar a biodiversidade do bioma Caatinga. Criado por pessoas locais, o projeto se empenha em utilizar predominantemente espécies nativas dessa região única.

Um dos pilares fundamentais do projeto é a transformação de recursos naturais e tecnológicos já existentes no território, mas que, de certa forma, passaram por processos de degradação, e por isso relegados a uma categorias de baixo valor. O objetivo é converter os potenciais da estrutura social e produtiva em produtos manufaturados de alto valor agregado, aplicando inovações tecnológicas em perfeita harmonia com os saberes tradicionais.

A Caatinga, bioma que dá nome ao projeto, é caracterizada por sua vegetação adaptada às severas condições de escassez de água, e que por diversas razões desempenha um papel de alta relevância econômica e ecológica. No entanto, a região enfrenta desafios significativos com a alta migração de suas populações, processos de desmatamento, desertificação, e perda da biodiversidade.

O Projeto Alquimista da Caatinga já colhe frutos de seu trabalho desde de 2020, quando deu início a seu trabalho com o caju criando o primeiro espumante de caju conhecido. Neste contexto, o projeto mudou a perspectiva do uso dos frutos do cajueiro, que são plantados para colher a castanha. Existe um grande desperdício do pedúnculo, parte da fruta que carrega um suco delicioso. Através da criação e desenvolvimento de uma tecnologia social para a produção de um espumante, criando o seu próprio método que se baseia no método tradicional somado ao método de produção de cajuína (produto da cultura popular consumido regionalmente) nós demonstramos que a representação simbólica do uso de algo que é visto como inútil, para um insumo de alto valor, beneficiando diretamente as famílias produtoras de caju.

O próximo passo consiste na geração de oportunidades econômicas para as comunidades locais valorizando também os produtos que têm difusão apenas local. O projeto também busca estimular as famílias do campo a criar suas agroindústrias com autonomia, a se modernizarem, trazendo tecnologias produtivas mais eficientes sem perturbar os seus hábitos culturais. Também estamos dispostos a encontrar mercados que valorizem os seus trabalhos, fortalecendo assim a economia local e promovendo um desenvolvimento sustentável.

NOSSA

EQUIPE

Imagem onde tem dois homens escolhendo cajus de uma caixa plastica

VICENTE MONTEIRO

Mais de uma década criando e produzindo bebidas.

Fotografia em close de rosto, aparece uma aba de um chapéu de couro, olhos esverdeados e barba.

Silvanar Soares

Agricultor Familiar, Agitador Cultural, Radialista e Criador da Primeira Cajuína Vegana que respeito os métodos consagrados por nossa cultura popular.

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